quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ataque aéreo de Israel atinge comboio de caminhões na Síria


Israel lançou um ataque aéreo dentro da Síria e perto da fronteira com o Líbano durante a madrugada desta quarta-feira, atingindo um comboio de caminhões, disseram autoridades regionais e dos EUA sob condição de anonimato.
Segunda: Israel ameaça atacar se Síria perder controle de armas químicas
AP
Rei Abdullah da Jordânia (D) participa de abertura de Conferência Humanitária pela Síria no Kuwait
Os oficiais regionais disseram que Israel planejava havia dias o ataque para atingir um carregamento de armas direcionadas ao grupo militante islâmico Hezbollah no Líbano. Eles disseram que o carregamento incluía sofisticados mísseis antiaéreos SA-17, de fabricação russa, que poderia fortalecer estrategicamente o Hezbollah, que já se comprometeu com a destruição de Israel e travou uma guerra contra o Estado judeu no passado.
O Exército israelense rejeitou fazer comentários sobre o caso, e autoridades sírias e a mídia estatal também mantiveram silêncio sobre o assunto.
Importantes autoridades israelenses expressaram recentemente preocupações de que, se desesperado, o regime do presidente Bashar al-Assad poderia fornecer armas químicas para o Hezbollah ou outros grupos militantes . Funcionários americanos dizem que estão rastreando o armamento químico sírio, que aparentemente continua solidamente sob controle do regime.
O maior temor das autoridades de segurança israelenses é que o Hezbollah possa pôr as mãos em armas químicas e em mísseis antiaéreos SA-17. Se isso acontecer, mudaria o equilíbrio de poder na região e diminuiria muito a habilidade de Israel de conduzir ações aéreas no Líbano.
Israel suspeita que Damasco obteve uma bateria de SA-17 da Rússia depois de um suposto bombardeio israelense em 2007 que destruiu um reator nuclear sírio inacabado.
No início desta semana, Israel moveu uma bateria de seu novo sistema de defesa de foguete "Domo de Ferro" para a cidade de Haifa, no norte de Israel, que foi atingida por disparos do Hezbollah na guerra entre Israel e o grupo em 2006. O Exército israelense classificou a medida de "rotineira".
O Exército do Líbano, país que compartilha fronteiras com Israel e Síria, disse na quarta que os aviões israelenses aumentaram drasticamente a atividade sobre o Líbano na última semana, incluindo ao menos 12 exercícios em menos de 24 horas no sul do país.
"Houve definitivamente um impacto na região da fronteira", disse uma fonte de segurança libanesa. Questionado sobre o ataque, um diplomata ocidental na região disse, sem especificar, que "alguma coisa tinha acontecido".
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O vice-premiê israelense, Silvan Shalom, disse no domingo que qualquer sinal de que o controle da Síria sobre suas armas químicas está diminuindo poderia provocar uma intervenção de Israel.
Fontes israelenses disseram na terça-feira que as armas convencionais avançadas representariam uma ameaça tão grande para Israel quando suas armas químicas, caso elas caiam nas mãos das forças rebeldes sírias ou nas mãos da guerrilha Hezbollah baseada no Líbano.
Doações por conflito sírio
Durante uma conferência de doadores humanitários no Kuwait, foram arrecadados ao menos US$ 1 bilhão pelo conflito sírio, que, segundo a ONU, deixou mais de 60 mil mortos desde março de 2011. Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos prometeram US$ 300 milhões cada.
Na segunda, a ONU alertou que, sem verbas adicionais, não será capaz de fornecer alimentos, abrigos e outros suprimentos a quase 5 milhões de sírios que precisam de assistência dentro e fora do seu país. A ONU diz que sua meta é arrecadar US$ 1,5 bilhão em doações.
A conferência buscava compromissos de US$ 1 bilhão de ajuda para os vizinhos da Síria que receberam cerca de 700 mil refugiados nos últimos meses, e 500 milhões para financiar atividades humanitárias para os 4 milhões de sírios que passam necessidade dentro do seu próprio país.
A verba financiaria as operações apenas do primeiro semestre. Até agora, a ONU havia recebido ofertas cobrindo apenas 18 por cento da meta, definida no mês passado, quando houve uma forte escalada da crise humanitária síria.
Os compromissos assumidos na quarta-feira pelos países árabes são uma boa notícia, mas grupos assistenciais já observaram no passado que nem sempre as promessas se traduzem em dinheiro vivo.
A conferência buscava compromissos de US$ 1 bilhão de ajuda para os vizinhos da Síria que receberam cerca de 700 mil refugiados nos últimos meses, e US$ 500 milhões para financiar atividades humanitárias para os 4 milhões de sírios que passam necessidade dentro do próprio país.
A verba financiaria as operações apenas do primeiro semestre. Até agora, a ONU havia recebido ofertas cobrindo apenas 18% da meta, definida no mês passado, quando houve uma forte escalada da crise humanitária síria.
Os compromissos assumidos na quarta pelos países árabes são uma boa notícia, mas grupos assistenciais já observaram no passado que nem sempre as promessas se traduzem em dinheiro vivo.

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