quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Israel aprova transferir US$ 100 milhões que devia à Palestina


Israel anunciou nesta quarta-feira que transferirá US$ 100 milhões à Autoridade Nacional Palestina (ANP), parte do montante que deve dos impostos e taxas que arrecada em seu nome e que não entrega aos palestinos desde que obteve a mudança de status na ONU, em novembro passado. "O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em coordenação com o ministro das Finanças Yuval Steinitz decidiu transferir à Autoridade Palestina o dinheiro dos impostos do mês passado, cerca de US$ 100 milhões", informou à Efe uma fonte do Escritório do primeiro-ministro, que pediu anonimato.
O objetivo da transferência é evitar o colapso econômico da ANP, que enfrenta uma séria crise financeira que a impede de pagar os salários a seus funcionários, incluindo os membros das Forças de Segurança, que coordenam sua atividade com Israel. Nos últimos três meses os trabalhadores públicos não receberam seu pagamento completa e, durante o passado 2012, sofreram atrasos ou falta de pagamentos em várias ocasiões.
Os funcionários palestinos declararam greve hoje, amanhã e no domingo, pelo descumprimento por parte da ANP da promessa de efetivar um pagamento de parte do salário de novembro, que não receberam por completo, e para exigir o pagamento integral do pagamento de janeiro. Os professores na Cisjordânia também mantiveram uma greve, que finalizaram hoje, após concordar com as autoridades educativas o início de negociações para tratar sobre sua situação.
Segundo o protocolo econômico dos Acordos de Oslo (1993), Israel arrecada tarifas em nome da Autoridade Palestina, que agora é obrigada a transferir ao Estado palestino. Entre outras medidas de represália, Israel decidiu suspender a transferência de impostos após a mudança de status da Palestina na ONU para a de Estado observador não membro, ao considerar a medida um movimento unilateral contrário aos compromissos adquiridos. Desde então, o valor total devido à ANP chegaria a cerca de US$ 200 milhões, segundo publicou hoje o jornal israelense "Ha'aretz".

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